Opinião

A ciência a serviço da comunidade

Poucas perdas foram tão grandes como sociedade quanto a recente queda na fé pela ciência por setores da sociedade. Estimulado por negacionistas de um lado e um certo distanciamento entre comunidade e academia do outro, além de questões político-partidárias e ideológicas opinando em questões que não lhe pertencem, estava pronta a confusão que nos levou à queda de índice de vacinação e tantos outros recuos.

O que não podemos deixar de lembrar é que a ciência tem um papel motor do desenvolvimento. Aqui em Pelotas especialmente na área da saúde. Em Rio Grande, nos estudos oceanológicos. Tem também questões sociais, jurídicas, econômicas, agrárias, entre tantas outras que são debatidas dentro de nossas cidades e por vezes suas influências passam batidas. Tudo isso faz o mundo girar - embora até isso seja questionado dentro da onda de negacionismo científico, a Terra é redonda.

A ciência não é inquestionável. Nada é. No entanto, não aceitá-la quando provada e comprovada, é um absurdo. E ela passa por pequenos detalhes que sequer notamos no dia a dia. Dois exemplos estão nas páginas de ontem do Diário Popular. Na editoria de Cidades, Victoria Fonseca traz da Universidade Federal de Rio Grande (Furg) a explicação para a mortandade de águas-vivas no Cassino. Sem esses especialistas estudando há anos e entendendo exatamente o comportamento desses animais, como a comunidade lidaria com essa situação? Tendo gente que sabe e se dedica a compreender questões por vezes microscópicas, a vida segue adiante.

Algumas páginas para frente e encontramos a reportagem de Gustavo Pereira na editoria de Esportes contando todo o papel da ciência da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) no preparo do Grêmio Esportivo Brasil para o Gauchão que se aproxima. Estudos que também levam detalhes em consideração para prevenir lesões, aumentar o desempenho físico e deixar o time no ponto para a competição que se aproxima. Quem ver o time correndo em campo, talvez com alta intensidade e baixo índice de jogadores machucados, talvez nem vá reparar todo o trabalho científico por trás disso.

A ciência é aliada do desenvolvimento. O mundo chegou até aqui, com maior longevidade, produção de alimentos em larga escala e industrialização graças a ela. Não dá para deixar isso ser esquecido e muito menos negado.


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